domingo, 7 de novembro de 2010

A espera...


Deixei teu rosto guardado
aqui, em algum lugar
da minha memória.

Até que volte
em algum tempo,
que não seja tão distante
da nossa história.

Está guardado
como um segredo
que revelo apenas
nas frias noites
do meu silencio.

Apenas, quando percebo
a solidão
que o meu coração parte
nesse medo infindável
de que não voltes
de que eu viva apenas
de saudades.

Meu amor, tua imagem
aqui em meu peito
sempre estará
mesmo que de mim
se tenha esquecido
e não penses mais
em um dia voltar.

Gleice Solozabal




2 comentários:

  1. Nossa, muito bom esse poema. Você está cada dia mais com reflexões super profundas e com o sentimento a flor da pele.

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  2. Tanta melancolia quanto é possível a uma saudade guardar. Tanta doçura quanto é possível a um poema conter. Tanta beleza quanto é possível a um coração imaginar. Tanta arte quanto possa uma exímia artista escrever. Belo, tocante, precisava ter sido manuscrito numa folha de caderno, pois há algo de menina nele, há algo de uma grande artista mas também de uma menina apaixonada.
    Lindo mesmo, Gleice!
    Um abraço carinhoso
    Lello

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