segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Miragem



Um dia eu quis te ver
e os meus sonhos se transformaram
nas gotas de orvalho
que a noite deixou-se converter.

Queria tanto te ver
mas os meus devaneios
se desfizeram em minhas mãos

Meu olhar vagou disperso
num caminho infindo
nas trilhas do teu coração.

Quando te vi, o tempo parou
e o meu sentimento
escorreu da minha ferida.
Estavam diante de mim
tudo aquilo que eu guardei
como um jardim morto,
oculto em meu segredo.

Não havia nada mais para oferecer
E esperava e esperei
por toda a minha vida,
mas no momento exato,
quando te vi, não sabia o que fazer.

E naquele mesmo instante
tudo ia e voltava
como as ondas do mar.
Estava escuro não te via mais...

Voltei para as minhas flores negras
para a minha boca seca
esperando um beijo teu.

Gleice Almeida Solozabal.

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