domingo, 2 de junho de 2013
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
sábado, 3 de novembro de 2012
Não sei o que aconteceu
Ouvi do vento uma canção
que de longe vinha...
Chegou aos meus ouvidos
tão fraca como a luz
que abre a escuridão
e antecede meus tristes passos.
Seria minha própria voz,
que de mim se distanciou
em algum momento em que não percebi
minha imagem se desfazer
entre as sombras e o silencio?
Em algum instante que te ouvi partir
sem que meus olhos se despedissem
das antigas memórias
que deixou em meu pensamento.
E em meu peito, uma dor velada
que percebo ainda existir
quando me lembro...
e ao ouvir do vento
que ainda não te esqueci.
Gleice Solozabal.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Mais uma vez
Queria, mais uma vez
em meu corpo sentir
teus olhos quentes
namorando-me...
No silencio cansado
das tuas vigílias.
Deixar-me por um momento
esquecida em teus noturnos braços
sem temer que se acenda a luz
e você desapareça em meu pensamento.
Como um sonho triste
que vagueia solitário
sem provar o sabor do vento
que um dia passou em meus secos lábios...
E deixou em mim a marca de quem espera
uma vez mais, apenas e mais uma vez...
mais uma vez ... um beijo teu...
Gleice Solozabal
terça-feira, 12 de junho de 2012
Encarnação
Como a estrela que desperta
nos olhos negros do universo,
assim também é meu coração,
que sente a calidez deste corpo,
adormecer o frio e a solidão.
Brotando dos abismos
sonhos imortais
que conduzem
ao caminho do meu segredo...
Aos espaços velados da minha alma
submersa em teus braços
e das minhas mãos
perdidas no silencio do teu rosto
Buscando o contorno dos teus lábios,
encarnados na musica profunda
de um beijo teu.
Vivendo a tua presença,
nos jardins mortos do meu pensamento,
tocando meus olhos hirtos,
sepultados no esquecimento...
Enquanto tua voz
habita em mim, constante
propagando esta canção intensa,
nos templos mudos da escuridão
Fazendo-me amá-lo a cada instante,
transformando meu sonho
em sangue,
correndo em tuas veias,
destilando em minha boca
o gosto do teu amor
e a morte da minha solidão.
Gleice Solozabal
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Distante
Minha voz tem a qualidade do silencio,
cala-se quando é preciso
para apenas ouvir e perceber
a beleza das coisas mais simples.
Para ver além das notas
de uma canção não tocada
que nem tudo termina quando
não há nada mais para se dizer
É apenas uma pausa,
ora longa e indelicada,
ora breve e sutil...
De uma sutileza, que,
de tão imperceptível me assusta
ao perceber uma outra voz
lá no fundo
me pedindo para ficar.
Gleice Almeida Solozabal.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Tempo e distância
Algum sonho meu
parou no ar, distante de mim
como a lembrança
de um tempo perdido.
Está distante e não sei
se o alcançarei novamente
da mesma forma e intensidade
com que hoje o vejo
ficar tão longe de mim.
Tão longe que não o percebo mais
como parte da minha vida
apesar da terrível saudade
que sinto do que poderia ter sido um dia...
Esse sonho,
esse simples sonho
na minha vida.
Gleice Solozabal
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Enquanto você me amar...
estará presente em todos
os meus pensamentos,
mesmo escondido entre
as vagas memórias
de vários momentos.
Enquanto você me amar,
ficará guardado
em meus lábios
a cada beijo pedido
e ainda mais naquele
que foi roubado.
Enquanto você me amar
estarei sempre assim,
agarrada a essa fraca
condição de sonhar
porque tenho a certeza
que por mais que haja desencantos
eu sempre vou te amar...
Enquanto você me amar
terei a doce ilusão
de que tudo, nunca
vai acabar...
E assim viverei nela,
por toda a minha vida
Enquanto você me amar...
Gleice Solozabal
quarta-feira, 27 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Lábios cerrados

Por que há tanto silencio em mim?
Por que me deixei calar,
enterrando minha voz
em algum abismo
no fundo do mar...
Da minha alma,
sepultada em uma espera
que não sei precisar
mas que, às vezes, se faz tão constante
nestes doces olhos cansados de chorar.
O que sei de mim?
se meu corpo flutua em um espaço
que não sei mensurar
apenas flutuo, sem destino
por um puro e terrível medo...
de sonhar.
Apenas sonhar,
vivendo neste sonho
sem qualquer medo de acordar...
Gleice Solozabal
domingo, 12 de junho de 2011
Retorno

Só não choro com a tua ausência
porque o perfume que em meu corpo deixou
naquele abraço de despedida
é o suficiente para me lembrar
que, em breve você voltará para a minha vida.
Só não choro meu amor
porque o gosto que em minha boca deixou
naquele beijo de partida
é o suficiente para me lembrar
que, em breve você voltará para a nossa vida.
Tão suave como o vento que a manhã desperta
sem fazer da doce vigília, apenas...
uma noite esquecida.
Gleice Solozabal
sábado, 12 de março de 2011
Abstração

Há uma tristeza,
que vejo em mim habitar,
persistente,
se escondendo, as vezes,
no silencio dos meus lábios
ao mesmo tempo em que se revela,
sem pudor, nas frestas do meu olhar.
E nos meus olhos vem dançar,
em tênues oscilações,
me arrastando e me trazendo
como as ondas de um revolto mar.
Acabo me perdendo,
não sei se sou triste ou se é
apenas um momento em que
parei para pensar...
Na distancia que sinto
em perceber
que não pertenço a nenhum lugar.
Gleice Solozabal.
domingo, 6 de março de 2011
Não havia tanto silencio em mim
Não reconheço mais
aqueles olhos tão profundos
que agora se furtam aos meus
como, se nada mais, houvesse entre nós.
Se escondem, deslizando pelas sombras
num silencio confuso
que embarga a minha voz.
E fico sem saber o que pensar o que dizer,
perdida entre a densa névoa
que vejo turvar os teus olhos
enquanto a noite se aproxima em sua alma
sem que eu possa ver um amanhecer.
O que poderei fazer, se a distância,
de mim, já se apossou por inteiro,
tornando-se o único elo entre nós,
como em um sonho; vazio
em que não vejo teus olhos,
não sinto teu corpo...
não ouço nem ao menos ... a tua voz...
Gleice Solozabal.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
ANJO CAÍDO
Seria eu, um anjo caído, de suas mãos?
Desencontrada de minha tola sacralidade,
que deixei esquecida,
para morrer em minha falta de razão?
Experimentando todas as vaidades mortais,
sem medo da culpa, da punição,
dos julgamentos morais.
Para viver um instante em teus braços
os restos de uma eternidade fugaz,
que se vai com o tempo
sem deixar nada para trás...
Gleice Solozabal.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
No porto da saudade

Não sei aonde vou
com os meus olhos cansados
em não ver-te chegar.
Das águas turvas
em que resolves-te
se aventurar.
Bem longe, dos meus braços
das minhas mãos
que buscam sempre
te alcançar.
Assim, como num sonho
em que tudo é tão próximo
e, ao mesmo tempo
tão distante.
Como o teu beijo último
que ainda sinto,
em meus lábios pousar.
Doce, perdido
como a solitária ave
que voa pelo mar.
Gleice Solozabal
domingo, 28 de novembro de 2010
Apelo

Meus desejos, meus sonhos
todos são tão ocultos
que nem eu mesma
sei dizer quais são...
Tão fugidios e silenciosos
deslizam pelos meus olhos,
parados
e se refugiam no meu pobre coração.
meu coração...
Que bate apenas para viver,
e não mais para sonhar?
Aonde estão?
Dizei-me!
Antes que os meus olhos
cansados
não tenham mais forças
para procurar...
O que sei que dentro de mim está,
em algum lugar
entre o medo de viver
e o anseio de sonhar.
Gleice Solozabal
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Até breve?

No teu olhar,
por que não vejo
nada além de uma
despedida?
Por que, dizei-me
assim,
em teu terno silencio
que tão logo
haverá a tua partida?
Deixando-me tão sozinha
antes mesmo
que a tua ausência
se consuma em minha vida.
Dizei-me se alguma coisa
poderei fazer para evitar
que a tua distancia
se torne um motivo
a mais para chorar.
Até que todas as lembranças
se cicatrizem
em meus olhos cansados,
em tuas mãos feridas
por um medo confuso
de uma breve despedida.
Gleice Solozabal
domingo, 7 de novembro de 2010
A espera...

Deixei teu rosto guardado
aqui, em algum lugar
da minha memória.
Até que volte
em algum tempo,
que não seja tão distante
da nossa história.
Está guardado
como um segredo
que revelo apenas
nas frias noites
do meu silencio.
Apenas, quando percebo
a solidão
que o meu coração parte
nesse medo infindável
de que não voltes
de que eu viva apenas
de saudades.
Meu amor, tua imagem
aqui em meu peito
sempre estará
mesmo que de mim
se tenha esquecido
e não penses mais
em um dia voltar.
Gleice Solozabal
sábado, 6 de novembro de 2010
Naquela noite de inverno

Quando percebi seu rosto
banhado pelo luar
não sabia ao certo
se era real ou se na verdade
estava a sonhar.
Pela primeira vez
consegui enxergar
a beleza translúcida
que emanava do teu olhar.
Naquele momento não consegui
deixar de me apaixonar.
Mesmo após tantos encontros
foi naquele momento
que comecei a te amar.
Naquela noite de inverno
jamais esquecida
porque em teus doces olhos
descobri, sem querer,
a razão da minha vida.
Gleice Almeida Solozabal.
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