terça-feira, 21 de setembro de 2010

Nostalgia


Não sei o que há em mim
não tenho pensado muito e
vivo os dias sem nenhum encanto...
Sem grandes risadas,
sem silenciosos prantos.

Não vejo mais aquela menina que
pega de surpresa, dizia estar
apenas, pensando...


Em que lugar meus olhos se perderam,
que não enxergo mais as doces ilusões
e a magia fugaz de sutis momentos?

Sinto-me perdida,
cruelmente aprisionada
na realidade dos meus dias
sem a liberdade dos meus sonhos
que dão algum sentido à minha vida.

Desejo, profundamente, ser de novo
aquela menina, que via um universo
tão somente em seus olhos furtivos
cheios de incógnitas, de reversos,
de suaves e delicados desvarios...

Sei, que apesar de tudo, ela ainda está aqui
vagando nos inertes ventos do meu espírito
esperando algum momento para retornar
deslizando docemente entre o meu pensamento
e o meu desejo de voltar, como antes, a sonhar...

Gleice Solozabal






5 comentários:

  1. Gleice!
    Lindo poema! Tantas inquietações... Desejos profundos, interrogações, uma certeza que vaga e desliza (aliás, uma idéia belíssima), tudo isso num poema tão intimista. Gosto muito da forma como escreve, esse intimismo que faz o trabalho artístico parece um diário de confissões, de inquietações...
    Belíssimo texto!
    Beijo carinhoso
    Marcelo Bandeira

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  2. Beijo carinhoso??? Onde este cara mora? Perdeu a noção do perigo?

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